Apresentação:

Somos alunos do I Semestre do curso de Fisioterapia da Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR. Esse blog foi criado sob a supervisão do docente Iolando Fagundes, professor da disciplina de Histologia e Embriologia com o objetivo de discutir sobre más formações Embrionárias e Fetais, suas Causas e Tratamentos. Componentes: Alisson Casado, Andressa, Dieffre Carvalho, Fred, Larissa Teixeira, Leonardo Lima, Suilan Ramos, Tales Nunes, Thalita Vitória.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Teratologia


teratologia (do grego τερατολογία, composto de τερατο- «monstro» e -λογία «estudo») é um ramo da ciência médica preocupado com o estudo da contribuição ambiental ao desenvolvimento pré-natal alterado, ou seja, estuda as causas, mecanismos e padrões do desenvolvimento anormal. Para o estudo desse ramo da ciência é fundamental o conhecimento das etapas do desenvolvimento, pois alguns estágios do desenvolvimento são mais vulneráveis à perturbação do que outros.
Um agente teratogênico é definido como qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função da descendência.
Anomalias congênitas, defeitos congênitos e malformações congênitas são termos normalmente usados para descrever distúrbios do desenvolvimento presentes no nascimento. Os defeitos de nascença (congênitos) são a maior causa de mortalidade infantil e podem ser estruturais, funcionais, metabólicos, comportamentais ou hereditários.
Uma anomalia congênita é qualquer tipo de anormalidade estrutural: entretanto, nem todas as variações do desenvolvimento são anomalias. As variações anatômicas são comuns: por exemplo, os ossos variam entre si não apenas na sua forma básica, mas em pequenos detalhes da estrutura da superfície. As anomalias congênitas são de quatro tipos clinicamente significantes: malformação, perturbação, deformação e displasia. As causas das anomalias congênitas são divididas em:
a) Fatores genéticos (gênicos e cromossômicos);
b) Fatores ambientais.
Os fatores genéticos gênicos são aqueles que passam dos pai para os filhos e são ditos hereditários (ex: polidactilia), enquanto que os genéticos cromossômicos se referem ao número ou estrutura anormais dos cromossomas da espécie (ex: Síndrome de Down). Os fatores ambientais compreendem os vírus que determinam as infecções (ex: vírus da Rubéola), drogas (ex: álcooltabacoantibióticos) e radiações (ex: raios X).
No entanto, muitas anomalias congênitas comuns são causadas por fatores genéticos e ambientais atuando em conjunto – a herança multifatorial. Na maioria das anomalias congênitas as causas são desconhecidas.

Anencefalia

A anencefalia é uma malformação congênita originada de uma neurulação anormal, resultando na ausência de fusão das pregas neurais e da formação do tubo neural na região do encéfalo. Existem inúmeros fatores que podem causar esta anormalidade, assim como um teratógeno capaz de produzir uma anomalia congênita ou aumentar a incidência desta na população. Fatores ambientais tais como infecções e drogas, podem simular condições genéticas quando afetados dois ou mais filhos de pais normais, sendo os órgãos as partes do embrião mais sensíveis durante o período de diferenciação rápida. Assim, tornou-se de grande importância um melhor conhecimento acerca de seus fatores de risco bem como uma correlação com o aparecimento desta, levando-nos a realizar um levantamento bibliográfico em alusão ao assunto.

Tratamento de Anencefalia

Não há tratamento possível para a anencefalia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda tentar a ressuscitação da criança em casos de parada cardiorrespiratória. No entanto, a conduta médica ainda é variável no Brasil, podendo haver o uso de suporte ventilatório para o bebê conseguir respirar enquanto estiver vivo.

Fatores de risco

Os casos de anencefalia são mais comuns na primavera, mas as causas desse fenômeno ainda são desconhecidas. Em metade dos casos, a anencefalia acontece porque a mãe sofre uma deficiência de ácido fólico durante a gestão. Fatores genéticos também podem predispor o aparecimento desse tipo de anormalidade.

Prevenção

A prevenção da anencefalia se dá pela suplementação com ácido fólico três meses antes de a mulher engravidar e nos primeiros três meses de gestação. O suplemento é ingerido em forma de pílulas e complexos vitamínicos específicos para gestantes. A quantidade indicada pela Organização Mundial da Saúde e defendida pelos médicos é de 0,4 miligrama por dia de ácido fólico para a prevenção de ocorrência dos defeitos do tubo neural.

Efeito de agentes Quimicos no Feto


DROGAS E SEUS EFEITOS NO FETO 

Uso de Drogas Durante a Gravidez 

A maioria das mulheres grávidas faz uso de algum tipo de droga (medicamento ou drogas lícitas ou ilícitas). Os Centers for Disease Control and Prevention e a Organização Mundial da Saúde estimam que mais de 90% das mulheres grávidas fazem uso de medicamentos controlados ou de venda livre, drogas sociais (p.ex., tabaco e álcool) ou drogas ilícitas.

Os medicamentos e as drogas são responsáveis por 2 a 3% de todos os defeitos congênitos. A maioria dos outros defeitos congênitos tem causa hereditária, ambiental ou desconhecida. As drogas passam da mãe para o feto sobretudo basicamente através da placenta, a mesma via utilizada percorrida pelos nutrientes para o crescimento e desenvolvimento do feto. 

Na placenta, as drogas e os nutrientes presentes no sangue da mãe atravessam uma membrana fina, a qual separa o sangue da mãe do sangue do feto. As drogas que uma mulher utiliza durante a gravidez podem afetar o feto de várias maneiras: 
• Atuando diretamente sobre o feto, causando lesão, desenvolvimento anormal ou morte 
• Alterando a função da placenta, geralmente contraindo os vasos sangüíneos e reduzindo a troca de oxigênio e nutrientes entre o feto e a mãe 
• Causando contração forçada da musculatura uterina, lesando indiretamente o feto através da redução de seu suprimento sangüíneo. 

Como as Drogas Atravessam a Placenta

Na placenta, o sangue materno passa pelo espaço (espaço interviloso) que envolve os vilos (projeções diminutas) que contêm os vasos sangüíneos do feto. O sangue materno que se encontra no espaço interviloso é separado do sangue do feto que se encontra nos vilos pela membrana placentária (uma membrana fina). As drogas presentes no sangue da mãe podem atravessar essa membrana, passando para os vasos sangüíneos dos vilos e passam através do cordão umbilical até o feto.

O modo como uma droga afeta o feto depende do estágio de desenvolvimento deste e da potência e da dose da droga. Certas substâncias utilizadas no início da gestação (antes do 17º dia após a fertilização) podem atuar baseadas na lei do tudo ou nada, seja matando o feto ou não o afetando em absoluto. Durante esse estágio, o feto é altamente resistente aos defeitos congênitos. 

Contudo, ele é particularmente vulnerável a esses defeitos entre o 17º e 57º dia após a fertilização, quando seus órgãos estão se desenvolvendo. As drogas que atingem o feto durante esse estágio podem causar aborto espontâneo, um defeito congênito evidente ou um defeito permanente mas sutil (o qual é percebido mais tarde) ou podem não causar qualquer efeito perceptível. 

É improvável que as drogas utilizadas após o término do desenvolvimento dos órgãos causem defeitos congênitos evidentes, mas elas podem alterar o crescimento e a função de órgãos e tecidos formados normalmente.

Pé Torto Congênito(PTC), Pé Plano e Pé Cavo


Pé Torto Congênito (PTC)





É uma deformidade complexa que envolve ossos (articulações do tornozelo, subtalar e mesotársica), músculos, tendões e vasos sanguíneos. O pé é geralmente pequeno e assume a posição em equino-varo-supinado (apresenta-se com flexão plantar adução e inversão). Anatomicamente, o defeito primário é a subluxação medial e plantar do complexo articular talocalcâneo-navículo-cuboídeo que ocorre durante o desenvolvimento embrionário.


Incidência
A deformidade ocorre em cerca de 1 para 1000 nascidos vivos e é bilateral em 50% das crianças. Os meninos são duas vezes mais acometidos do que as meninas.



Etiologia
A causa do pé torto congênito ainda não é bem conhecida. Algumas teorias procuram explicar o mecanismo pelo qual se desenvolve essa deformidade, tais como:

- Teoria esquelética: essa teoria diz que esse defeito primário estaria na deformidade de alguns ossos do retropé, principalmente o tálus;
- Teoria muscular: fundamenta-se em achados de estudos ao microscópio eletrônico que revelaram alterações importantes nas fibras musculares dos pacientes que apresentam o pé torto congênito;
- Teoria neurológica: esta diz que as alterações primárias nos nervos periféricos seriam responsáveis por essa deformidade;
- Teoria vascular: as anomalias arteriais em fetos e embriões seriam responsáveis por uma "crise vascular", determinando uma área de necrose na região no nó de Henry;
- Teoria da "parada do desenvolvimento”: defende a ideia de que o pé permaneceria em seu estado embrionário desde o terceiro mês de gestação.

OBS: Em algumas bibliografias foi encontrada a referência de 5ª semana gestacional
Todas essas teorias tentaram explicar o aparecimento do pé torto congênito, porém nenhuma delas conseguiu explicar todos os casos. Portanto, mais uma vez aceitamos que a etiologia do pé torto seja multifatorial. Há estudos que comprovam a importância da genética no aparecimento da deformidade, mas o exato mecanismo de herança ainda não foi determinado, talvez por existirem diferentes padrões de herança e causas. De qualquer forma a herança que mais tem sido considerada é a multifatorial, na qual há vários fatores envolvidos no desenvolvimento de uma deformidade congênita. Estes fatores são genéticos e ambientais. Partindo da suposição de um padrão de herança multifatorial e de estudos epidemiológicos, a recorrência da deformidade em um casal que tem um filho com PTC é, em média, de 4%.

Tipos
O pé torto pode aparecer como deformidade isolada, ou acompanhada de outras malformações congênitas e podemos dividi-lo em quatro grupos.

- Idiopático: quando ocorre como deformidade isolada sem qualquer acometimento de outras estruturas musculoesqueléticas, podendo ser unilateral ou bilateral.
- Teratológico: quando a deformidade está associada a alterações neuromusculares. Geralmente se apresenta de forma bilateral, acometendo os dois pés.
- Sindrômico: quando faz parte de uma síndrome bem definida, por exemplo: Freeman-Sheldon, Down, Picre-Robin, Larsen etc. Geralmente bilateral.
- Postural: é o "falso pé torto", ou seja, o pé apresenta-se na posição de equinovaro, porém é redutível e não apresenta as deformidades estruturais clássicas. Pode ser uni ou bilateral.

Classificação do PTC
O PTC tem expressão variável e há classificações que consideram somente aspectos clínicos e, outras, que levam em consideração também os aspectos radiográficos. Entretanto, nenhum sistema de classificação prevaleceu até o momento, mas as principais classificações são a de Dimeglio e a de Pirani. A classificação de Pirani é mais simples e mais recente, porém ainda está em fase de validação (informação pessoal). Ela é baseada num sistema de graduação simples, composto por três variáveis no retropé e três no mediopé. Cada variável pode ser pontuada em zero, meio e um ponto.


Pés complexos e resistentes
Alguns pés não são passíveis de correção pela técnica manipulativa clássica de Ponseti, ou mesmo, a aplicação incorreta do método pode iatrogenicamente produzir deformidades mais complexas. Clinicamente, esses pés são caracterizados por apresentarem equino rígido acentuado, flexão plantar grave de todos os metatarsais, com aparência de um pé mais encurtado. Há prega transversal plantar profunda tanto medial como lateralmente, além de encurtamento e hiperextensão do hálux. O tendão calcâneo está mais tensionado que o habitual, é longo, fibrótico, palpável até a metade proximal da panturrilha e produz equino acentuado, com profunda prega posterior no tornozelo. O antepé, além da adução, está em acentuada flexão plantar, tanto medial como lateralmente. O maléolo lateral é mais protuso. O tálus é aparentemente menor e sua cabeça não é facilmente palpável, como no PTC habitual, sendo frequentemente confundida com a tuberosidade anterior do calcâneo.
A tentativa de correção pela técnica habitual não funciona porque o apoio ocorre na tuberosidade anterior do calcâneo, com hiperabdução na articulação de Lisfranc e piora da flexão plantar dos metatarsais. Há grande número de trocas gessadas e os gessos escorregam com facilidade. Por isso, muitos ortopedistas optam pelo tratamento cirúrgico.
Nesses casos, o próprio Ponseti recomendou técnica modificada de manipulação. A correção requer, inicialmente, correta identificação da cabeça do tálus, que está menor que o habitual, em frente aos maléolos, com percepção dinâmica do navicular e da tuberosidade anterior do calcâneo. No momento do contra-apoio, para manipulação e confecção do gesso, deve-se estar atento para fazê-lo realmente na cabeça do tálus, e não na proeminente tuberosidade anterior do calcâneo. A abdução deve atingir cerca de 40º, após duas ou três trocas gessadas. Após, inicia-se a correção do cavo com apoio sob a cabeça do primeiro e do quinto metatarsal, para correção da flexão plantar do antepé, com um auxiliar fazendo contra-apoio no joelho. O gesso deve ser muito bem moldado, para evitar escorregar, e o joelho é imobilizado em flexão de110º.
Após correção do cavo, é feita secção do tendão calcâneo de forma habitual e a correção do equino é, em geral, feita com trocas gessadas semanais para ganho de dorsiflexão, até cerca de 10º. Após, é prescrito o uso de órtese com abdução de 40º.

Entendendo o Tratamento Ponseti
Atualmente o tratamento para os pés tortos são feitos pelo método de Ponseti, iniciando de preferência, com uma a duas semanas após o nascimento, os resultados obtidos são excelentes quando bem conduzidos. É de grande importância à participação da família, do médico e dos paramédicos com experiência e compromissados, para que se tenha um bom resultado. Inicia-se o tratamento pela manipulação dos pés buscando a correção anatômica da deformidade seguida de troca de gesso semanal. Com a troca de seis a oito gessos seguidos de uma tenotomia (secção cirúrgica de um nervo, usado para reduzir a espasticidade) percutânea do tendão de Aquiles, realizada em ambulatório, é conseguida a correção da deformidade. Obtida esta correção, os pés são mantidos em um aparelho gessado por três semanas e a seguir colocados em uma órtese ortopédica durante a noite pelo período de mais ou menos dois anos. Com este tratamento são obtidos pés fortes, indolores, sem atrofia muscular e com capacidade de exercer qualquer atividade física própria da idade. Em alguns pés pode ser necessária uma pequena cirurgia complementar, constando de transposição do tendão tibial anterior para o dorso do pé, o que permite a correção da adução residual que acontece em poucos pés.







Diagnóstico
O diagnóstico do PTC é feito no recém-nascido através do exame físico, que tem como um dos objetivos afastar outras condições que também se apresentam com pé torto ao nascimento. O exame neurológico deve ser realizado em todas as crianças, como o objetivo de afastar a possibilidade de pé torto neurogênico (secundário a desequilíbrio muscular de causa neurológica). Pés muito rígidos nas fases iniciais vão, provavelmente, necessitar de tratamento cirúrgico, e uma diferença importante entre o pé normal e o envolvido sugere deformidade mais grave.

Diagnóstico Pré-Natal
A ultrassonografia é sensível para diagnóstico pré-natal de pé torto a partir da 20ª à 24ª semana de gestação.


Exames Complementares
Estudo radiográfico de coluna e quadris, se o exame físico demonstrar alguma anormalidade e o exame radiográfico dos pés, nas incidências ântero-posterior e lateral com carga é útil nas crianças maiores, pois complementa o exame físico.
Tratamento clínico
Se for diagnosticado precocemente, o tratamento pode ser conservador. Neste caso realiza-se o estiramento passivo gradual, corrigindo-se o pé lentamente para a posição correia e a seguir, se possível, o pé é levado para a posição abduzida e evertida. Essas posições podem ser mantidas em talas de metal ou com aparelho gessado. Acredita-se que esta conduta apresenta as seguintes vantagens:
- O joelho em flexão relaxa o músculo tríceps sural e facilita a correção do equinismo;
- Facilita a confecção do gesso quando é realizada no sentido proximal para distal: fixando-se o joelho, podemos trabalhar de uma forma melhor com o pé;
- Evita que o gesso saia em casa, principalmente quando a adução está corrigida.
Quando se usa o aparelho gessado, ele é mantido por aproximadamente 3 meses (no início ele é trocado semanalmente e, depois, a cada 2 ou 3 semanas). Este aparelho mantém o quadril e o joelho fletido em um ângulo de 90°.

Tratamento Fisioterápico
Após o nascimento, quando a condição é leve e o pé está relativamente móvel, pode-se realizar o alongamento passivo. É muito importante, fixar a extremidade da tíbia e manter o joelho fletido durante os alongamentos para evitar danos nas epífises (lateral, distai e fibular) e na articulação do joelho.
Quando se usa a bandagem adesiva, para manter a posição correia, e será aplicada pelo fisioterapeuta e deve ser trocada de 2 a 3 vezes por semana. Também devemos ter cuidado com a circulação, para evitarmos feridas.
Se a deformidade não puder ser corrigida conservadoramente, será necessária a cirurgia. No pós-cirúrgico o membro será mantido com gesso por dois ou três meses. Após a retirada do gesso, devem-se realizar movimentos passivo e ativos de abdução e eversão e fortalecimento de dorsiflexores e eversores.
Caso a criança já ande, devemos ensinar bom padrão de marcha, e caso ela ainda não ande, devemos observá-los quando começar a andar.
Atenção!

Os movimentos mecânicos básicos dos pés são afetados pelas propriedades do controle postural e biomecânico, ou mesmo pela instabilidade dos calçados que usamos. Nesses casos o uso de sapatos ou palmilhas ortopédicas (preferencialmente palmilhas de gel), e a realização de fisioterapia são os tratamentos indicados e necessários.

Pé plano /Pé pronado (pé chato):



O pé pronado é uma condição muito comum, conhecida como “pé chato”. Caracteriza-se por uma postura pronada (uma inclinação dos ossos do tornozelo para dentro). Além disso, ocorre uma diminuição do arco longitudinal plantar, condição na qual a maior parte da planta do pé fica em contato com o solo.
Essa condição se instala devido ao afrouxamento ligamentar, ou da fáscia plantar, que altera a curvatura fisiológica, resultando em prejuízo na funcionalidade estrutural dos pés, podendo também estar ligada a rotação medial do joelho. Tal sobrecarga, além de produzir calosidades, impõe alterações na marcha, comconseqüente perda de equilíbrio e lesões nas áreas de impacto.


Diagnóstico
É essencialmente baseado nos achados do exame físico. Os pés devem ser inspecionados com o paciente andando normalmente, correndo, andando nas pontas dos pés e nos calcanhares. Pode-se utilizar também o podoscópio (que possibilita a visualização da face plantar, com descarga de peso, proporcionando uma análise real da distribuição do peso nesta região, facilitando desta forma a detecção do tipo de pé do paciente), indispensável para examinar o pé apoiado.

Tratamento clínico
Os casos de pé chatos postural é indolor em crianças, em geral não requerem tratamento, mas é preciso aconselhar quanto ao uso do calçado adequado para que a criança mantenha os pés bem livres, andando descalça em solo irregular e limpo ou com calçados bem leves, como o tênis, dando condições para musculatura trabalhar livre e naturalmente. Nos adultos, o tratamento depende da causa e da presença de alguma anomalia estrutural. O pé chato doloroso devido a estresse ocupacional pode ser tratado pelo fisioterapeuta e pelo aconselhamento.
Se o paciente for obeso, deve ser orientado no sentido da dieta. Se houver deformidade fixa, os calçados ortopédicos ou as palmilhas podem trazer alívio. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para aliviar a dor e, se possível, restaurar a função.

Tratamento fisioterápico
Nas crianças, se o pé tiver boa mobilidade, deve-se fortalecer os músculos que sustentam o arco, principalmente o tibial anterior e posterior e flexor longo e curto dos dedos. Se as articulações estiverem rígidas, junto com o fortalecimento, realizam-se exercícios ativos do pé e tornozelo (flexão plantar, caminhar na areia, pisar em bolinhas, cabo de vassouras rolando para frente e para trás, colocar uma toalha no chão e fazer com que a criança puxe a toalha com os dedinhos). Realizar alongamentos e mobilizações passivas. Nos adultos deve-se aliviar a dor com repouso e técnicas específicas (água morna, massoterapia, banho de contraste, tens e hidromassagem para os pés). Quando a dor diminuir, utilizar exercícios ativos e resistidos, do pé e tornozelo. Além disso, não podemos esquecer da correção geral da postura e da marcha.



Pé cavo/Pé supinado



Também conhecido como “pé arqueado”. Apresenta elevação excessiva do arco longitudinal da base plantar do pé, desde os dedos até o calcanhar. O exagero dessa curvatura se caracteriza pela distribuição do peso em apenas dois pontos do pé, o calcâneo e os metatarsos (dedos dos pés). Geralmente são observados desvios compensatórios ascendentes em joelhos, pelve e coluna, associados ao calcâneo varo.


Etiologia
Geralmente é hereditário e evolutivo, e os pés cavos neurológicos relacionados com uma distonia ou uma paralisia consequente de uma deformação vertebral ou a desordens nervosas centrais (poliomielite). No adolescente e no adulto, os pés cavos flexíveis no início na criança, perdem progressivamente a flexibilidade e terão tendência a fixar-se com garra característica dos artelhos, ocasionando calos e pontas que podem ser dolorosas.

Tratamento
É conservador, mas poderá ser cirúrgico se os pés não estiverem fixados e com muitas dores ou evoluindo rapidamente para os pés cavos neurológicos.

Tratamento fisioterápico

Primeiramente deve-se retirar a dor do paciente com calor superficial, banho de contraste, parafina, etc. Realizar movimentos ativos e passivos de todo o pé e tornozelo, alongamento intensivo da região da planta do pé, exercícios resistidos para os músculos intrínsecos do pé. É muito importante que o paciente use palmilhas corretivas durante o dia e calha durante a noite. Deve - se realizar correção da postura geral e da marcha.